segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

tão puro aquele olhar,
que doce sorriso,
um vento que entorpece,
o clima estremece,
 só de te ver passar...
a primeira que bate a porta
aquela que incomoda só de chegar
toda atraente, atrapalha os dedos
e não é serpente ela é pra casar...
finge-se de bebeda só para me interrogar...
nua na minha sala, amar-te-ei,  em Marte irei,
amar é o começo da amargura.
Mil motivos pra lhe beijar na rua...
Mil motivos pra não querer ser sua... Mil estrelas pra chegar a lua...
e quem diria que loucura hoje você tem só uma...

domingo, 30 de janeiro de 2011

Eu já sabia...

Simplesmente, se levantou e saiu sem ao menos considerar o que as pessoas tinham pra dizer, porque depois de ouvir aquilo certamente queriam se expressar, conversar, entender mais, dessa vez a opinião deles não valeria de nada.
Ouviram as palavras que ela tinha pra falar, três palavras que não eram eu te amo, nem mesmo eu estou grávida, nos olhos dela dava pra ver que parecia certa do que queria, como nunca, pude ver aquela mulher segura, de olhar firme, mãos tremulas, era de assustar, e eu olhei para os lados e sabia que não era fácil pra ela, mais o que podia fazer o que estava dito, estava dito!
Quando a porta bateu começou a gritaria, o pai indignado não queria saber pois a culpa era da mãe que não educou aquela menina, passava muito tempo na rua ele sabia que logo sairia uma coisas dessas dali, mãe ausente!
A vó chorava gritando minha melhor neta, que tristeza, vai queimar nos quintos dos infernos.
O mais novo ria, ria como se fosse o dia das crianças depois de ganhar o Ben 10 força alienígena que ele tanto queria... Era melhor que o Natal gritava o pivete.
A mãe um tanto quanto constrangida não sabia o que fazia a gritaria tomava conta da casa, o pai louco a vó maldizendo a filha, e o mais novo chorando de rir.
Eu o que podia fazer, fui tentar controlar as coisas mais quando disse EU JÁ SABIA! Fudeu tudo!
Todos vieram pra cima, dizendo que agora sei a má influencia, o foco agora estava comigo, mais o que eu fiz? Só queria acabar com aquele tumulto.
Estava pior que o dia que a tia Modéstia descobriu a traição do marido, sai do meu quarto naquela tranqüilidade de quem acaba de acordar, a alma voltando para o corpo, aquela tranqüilidade de noite bem dormida, quando vôo um copo, eu achei lindo ver aquele copo voando mais o que veio depois nem gosto de lembrar nada se comparava com o alvoroço de agora.
Quando a tia Mariza a mais fofoqueira intriguenta e fedorenta da família entrou, tentei disfarçar, tentei avisar o povo mais não teve jeito, quando a viram, enfim, reinou o silêncio... Ela olhou sorrateiramente e disse não parem sobre o que se falava? Meu pai levantou arrumou as calças e disse nada demais comadre então minha avó a chamou para cozinha pra dar tempo do povo se recompor...
Quando ela virou as costas meu pai logo disse se essa velha ficar sabendo já era, a vizinhança toda saberá, logo, logo será um tumulto em nossas vidas, então, por favor, descrição...
Quando as duas voltaram da cozinha, foi uma cena incrível minha tia Mariza mexeu o nariz como se sentisse algo, conseguia ver além dos nossos olhos, como quem analisa cada um, como se nos estudasse, a respiração, os movimentos e todos estavam  estáticos, como pode sentir o cheiro das coisas pensava minha mãe, como pode ser tão feia pensava meu pai, e meu irmão o pirralho nada pensava...
Tia Mariza olhou pra mãe e perguntou:  e o serviço comadi? Nem pude ouvir o que minha mãe respondeu, por que sabia que a tia estava de pilantragem e faria uma pergunta para cada um e que ela conseguiria dar o bote e aquilo me assustava o que será que ela me perguntaria, o plano dela estava descoberto mais a dúvida quanto à questão que ela colocaria me dava medo.
Após perguntar ao meu pai, minha mãe, minha avó, fiquei em pânico, porque ela já tinha um esquema na cabeça e conseguiria arrancar de nós o que ocorrera.
Por incrível que pareça ela me perguntou da faculdade fiquei tão feliz é hoje que a velha safada sai sem nada... O rosto dela, sua expressão era de satisfação como se tivesse uma carta na manga, lidar contra gente fofoqueira é difícil.
Com todos os desvios de conversa foi voltando a “paz” já conseguia respirar, a tia fazia um carinho na cabeça do pirralho dando conselhos para ele ser mais quieto e parar de aprontar tanta bagunça, ai ele sorrindo disse:
Mais tia não queria causar alvoroço eu troquei a sandália dela pela do papai e ela fez uma reunião pra dizer que era sapatão....

sábado, 29 de janeiro de 2011

Por essas e por outras -- amigos...

... o problema é não saber quem bate lá fora, mais está muito frio, acho melhor abri-la, e sei que ao abrir a vulnerabilidade estará presente, e se me pegam de novo, sequestro relâmpago...  mais lá fora esta frio será que somos só amigos, será que nessa vida, só amigos, já que hesito, te deixo lá fora,  e se tu fica doente, igual eu, doente de vida, de vento, de tento, de amor, quem foi que falou em amor? o homem batendo na janela agora, eu finjo que não vejo, ignoro, mais lá fora esta muito frio, por que não permiti que entre, mais não... vai que você mente,  mais agora começou a chuva, já peguei até as luvas pensando em sair,  mais decidi me embriagar, cabeça pesada, pinga lascada, que me faz tarada, a janela pular, que por descuido quebrei, e eu que fui pra fora e me entreguei, choramos feito crianças, choramos por tudo que fomos e agora não temos para onde ir, era eu ..e eu.. e somente nós na confusa noite de luar, estrelas, na confusa selva, não, não, não disse que chovia, você entendeu mal nunca tive dúvidas do que sentia, um animal se aproxima e nós nos amamos, morremos, e nos recriamos e debaixo da cachoeira, com a lua cheia, fizemos o ritual e definimos pra sempre sua, pra sempre meu. Precipitei-me agora que acordei amigos, amores, amantes... Não, amigo!